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In Rascunhos

Não quero morrer de gastrite.

Não sei vocês, mas eu vivo me questionando sobre a minha vida, se o que estou fazendo realmente faz algum sentindo, a sensação de que estou perdendo tempo me desespera e quando não estou ansiosa até me acho estranha. Se identificou? Grandes chances de você pertencer à Geração Y.
Somos nascidos após da década de 1980 e antes dos anos 2000, e a melhor definição dessa geração e a que mais me identifiquei foi: “Eles querem dar sentido à vida, e rápido, enquanto fazem outras três coisas ao mesmo tempo.”
Ansiosos, impacientes, egoístas, esses são alguns adjetivos que são atribuídos à nossa tchurma, mas ninguém explica direito porque somos assim. Eis que li alguns textos sobre o assunto, analisei a minha personalidade e assumo que me encaixo nessas características, ó:
Ansiedade: Vivemos em um mundo tanto virtual quanto real, a noção de tempo diminuiu graças à internet e a sua capacidade de bombardear informações. Com notícias do tipo “Jovens de sucesso antes dos 25” ou fotos em redes sociais com pessoas lindas em paisagens dignas de fundo de tela e você no escritório contando os dias para tirar férias, fica cada vez mais difícil estar satisfeita. Vivemos comparando nossa vida à do outro e isso gera uma ansiedade tremenda, sempre em busca da tal felicidade. Como eu tento lidar com isso: Tento me concentrar na minha vida, no presente, olho para trás e vejo tudo o que conquistei e traço planos para realizar as próximas metas. Aprendi que tudo acontece com um passo de cada vez, e temos que firmar bem o pé no chão a cada passo, para não tropeçarmos.
Impaciência: Dizem que a maior característica da geração Y é a impaciência, principalmente no mercado de trabalho. Queremos resultados rápidos, sempre com novos desafios e a nossa maior dificuldade é lidar com a rotina, FATO. Essa característica anda lado a lado com a ansiedade, que gera nossa impaciência pela espera do que acontecerá no futuro, porque queremos tudo aqui e agora . Para chegar mais rápido ao sucesso, fazemos mil coisas ao mesmo tempos, nos inscrevemos em vários cursos ,e , se fulano consegue, você também consegue, certo?! Muitas vezes atropelamos algumas etapas para o nosso crescimento, pessoal e profissional por conta disso. Como eu tento lidar com isso:Quebrando a cara, lógico. Acabei entendendo que não faz bem ser impaciente, tudo tem um tempo certo para acontecer, e cada etapa tem que ser bem feita. De nada adianta fazer mil coisas ao mesmo tempo e não fazer nada bem feito, mais vale absorver todo tipo de aprendizado com uma única atividade do que fazer cinco para ter no currículo e não saber de nada.
Egoísta: Criticam-nos muito porque só fazemos aquilo que queremos. Mas calma, o tempo está cada vez mais curto e ainda tenho que perdê-lo fazendo coisas que não fico à vontade, só por obrigação? Desculpe, não somos assim. Não vamos à igreja porque somos obrigados, vamos se nos sentimos à vontade. Não vamos à uma festa se não queremos. Não ligamos para alguém só por ligar, se o fazemos é porque queremos. Melhor parte da história? Somos uma geração mais verdadeira, mais sincera quanto aos seus desejos. Como eu tento lidar com isso: Penso muito em mim, na minha vida, no meu futuro. Mas sei que preciso fazer coisas que não gosto, para o meu próprio bem, tipo: exercício físico, me controlar no chocolate, marcar exames médicos, saber lidar com burocracia e documentos, enfim, tudo coisa chata, para mim, mas necessárias, entendeu?!
Você conseguiu perceber o real motivo de tudo isso? A velocidade das coisas e a pressão de tudo e todos para sermos melhores sempre resulta em tudo isso. Assumo que estou bem longe de ser calma, mas todo mundo precisa desligar de vez em quando, não quero morrer de gastrite.
Essas são as principais características negativas da nossa geração, claro que existem outras mil, ler sobre o assunto é muito legal, e rende boas discussões, dá um Google aí.
O bom de tudo isso? É saber que não estou sozinha nessa situação, e que podemos ajudar uns aos outros com nossos depoimentos sobre o assunto, e aqui se encerra o meu.
Até o meu próximo rascunho.
Beijos!

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