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1 In Consumo consciente

Calma, consumir não é pecado.

Desde que comecei a falar de consumo consciente, algumas pessoas começaram a me questionar com perguntas do tipo:

“Como você pode ser contra o consumismo se você trabalha com moda? Você não quer vender o seu produto? ” ou, “Mas você não está comprando nada? ”.

Como se eu não pudesse consumir mais nada no planeta senão estaria fazendo algo contra tudo o que estou falando para vocês.
É óbvio que quando idealizo um produto quero gerar desejo nas pessoas, quero que o meu produto seja consumido, mas que esse consumo seja consciente. E quando menciono “consumo consciente” apenas quero que você realmente entenda seu significado muito simples: ESTEJA CONSCIENTE NA HORA DE CONSUMIR.
O engano de muitos é confundir consumo e consumismo, pois os dois conceitos são bem diferentes. Consumo é a aquisição de bens, produtos e serviços, necessários ou supérfluos; e consumismo é o ato exagerado do consumo. Resumindo: consumir é uma ação necessária, você não produz tudo o que precisa para sobreviver, por isso precisa obter produtos comprando (ou trocando, mas isso é outro assunto), o que cabe a você é decidir em qual intensidade e frequência vai fazê-lo.
Compre por motivos que você saiba explicar se alguém te perguntar e não só “comprei por impulso”, “porque estava baratinho” ou “porque é tendência”. Substitua por “Eu estava precisando de uma saia nesse modelo para usar com aquela blusa”, “essa cor me favorece muito e combina horrores com meu guarda-roupa” ou “Eu nem estou precisando de calça, mas é que essa modelagem cai tão bem em mim e eu uso tanto que a compra compensa. ”. Entenda as razões das suas aquisições, não é preciso explicar as suas compras para ninguém, esse é só um bom exercício para fazer antes de passar no caixa das lojas.
Entendeu a diferença? Não importa se você comprou na fast fashion, no brechó, no bazar da igreja ou naquela loja onde só existem roupas com mais de quatro dígitos no preço, o importante é pensar na hora de consumir e não sair por aí comprando tudo o que vê pela frente.
Não pense que estou fazendo parte de alguma seita que não consome uma agulha sequer, eu consumo sim. Consumir é inerente à nossa sociedade, mas lembre-se: nada é bom em excesso!

assinatura 2015

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  • rodrigo
    3 de fevereiro de 2016 at 10:07

    Quem compra por impulso realmente tem essa mania de dar desculpas para a compra! Eu sou prova! aliás, era. Depois de um tempo consumindo, e gastando o salário em roupas, percebi que não adiantava ter um guarda roupa abarrotado de coisas que não se conversavam. Aliás esse costume está fadado a sempre dar errado. Dívidas são uma consequência. Bom, aprendi a lição e hoje em dia, compro como você falou, pelo custo benefício de ter aquela peça. Vou usar muito, combina com o que já tenho, o preço vale a pena?
    Mas é sempre bom reforçar né? Adorei seu post. Sucesso sempre!